segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Aristóteles o conhecimento e suas causas, metafísica, Ciência do Ser e o uno, teologia.


  • O Conhecimento suas causas e suas características gerais;
  • Aristóteles diz que os indivíduos humanos têm intrinsecamente o interesse a cerca do conhecimento, inicialmente esse processo se dá através dos sentidos, talvez principalmente através da visão, não necessariamente focando na ação, ou na utilidade deste sentido. Segundo Aristóteles em a metafísica o sentido da visão é o que traz maior possibilidade a cerca do conhecimento das coisas e maior esclarecimento a cerca da multiplicidade.
  • Aristóteles faz o comparativo entre o humano e os outros animais afirmando que o restante das categorias não humanas vivem com base em lembranças atreladas a sensações não racionais e são incapazes de lembrar de uma maneira estruturada , havendo uma redução drástica na capacidade de adquirir experiência.
  • Diferentemente o ser humano é capaz de adquirir conhecimento através da experiência e da capacidade de recordar de forma racional. 
  • A partir destas experiências o homem fundamenta saberes como a ciência e a arte, pois baseado em uma afirmação do sofista Pólo em um dos diálogos de Platão intitulado Górgias que afirma; " a experiência produz arte , mas a inexperiência acaso" Aristóteles fundamenta que a partir das mais variadas formas de experiências é que se pode chegar em uma concepção final ou universal relativa a objetos semelhantes.
  •  Aristóteles afirma ainda que a experiência é mais fundamental que a teoria pois de forma prática é verificável que podemos visualizar homens que se relacionam com a experiência de forma mais ativa obterem mais êxito em determinada área de atuação que  indivíduos que dominam apenas a teoria.
  • De modo que o indivíduo da teoria supostamente conheceria o universal sem conhecer o particular que só pode ser verificável a partir do contato da experiência.
  • O estagirita  afirma ainda que a busca pelas questões ligadas ao conhecimento de forma "sábia" não esta atrelada a sua utilidade prática ou utilitária e sim está ligada a capacidade de superar as percepções dos sentidos de forma que pudéssemos ir aos fundamentos das sensações e explica-las ou ao menos se propor a isso, por exemplo as ciências exatas que segundo o estagirita surgiram não de uma praticidade e sim as vizinhanças do Egito pois havia um ócio ligado ao lazer e que era focada na  transmissão de conhecimento que seria o mais adequado em se tratando do próprio conhecimento científico . De modo que ao tratar de sabedoria Aristóteles se refere a capacidade de investigação ou reflexão além dos sentidos ou além do senso comum como conhecemos atualmente, ou seja quanto mais universais os conceitos mais difíceis são de serem apreendidos pelo senso comum. A busca em relação a este conhecimento universal que pressupõe cada particularidade de premissas deve ser feita segundo a filosofia aristotélica de modo que seja desejável a si mesma trazendo uma aproximação muito maior do cognoscível se aproximando da perfeição do conhecimento, que está intrinsecamente ligada a questão das causas primeiras podendo assim serem conhecidas e não somente através de suas particularidades . Desta feita  não é por um benefício externo que se busca o contato com o conhecimento segundo Aristóteles pois ao ponto do surgimento da filosofia ou das especulações filosóficas pressupunha atividades recreativas. Então se o que se busca ao estudar Filosofia é fugir a uma parcela da ignorância é evidente que o que se busca é por amor ao conhecimento , baseado no surgimento do que se tem registro do pensamento filosófico ou científico e a proximidade de uma busca da causa primeira está intimamente ligada a esta noção básica.
  • Definição da metafísica como ciência do ser enquanto ser.
  • O que Aristóteles quer dizer com ciência que investiga o ser enquanto ser? Essa definição não está ligada a investigação diante de nenhuma ciência particular pois nenhuma delas procura se ocupar com a questão do ser de maneira geral e fundamental, essas ciências na realidade se preocupam mais com os entes deste ser que propriamente com a essência substancial do ser enquanto ser. Esta busca desse ser está atrelada a investigação dos entes enquanto parte do ser mas nem sempre como parte fundamental do ser mas devem servir de subsídio para encontrar as primeiras causas. É necessário neste sentido de acordo com a metafísica que façamos um traçado a cerca do problema da substância ligada às questões do mesmo e do diferente, o que pode ser caracterizado como igual a ele mesmo e inversamente diferente ? Por exemplo como saber se Sócrates sentado é igual ou diferente a Sócrates? Desta feita há uma ciência que investiga essas causas primeiras ligadas ao uno ou ao múltiplo que segundo Aristóteles é a ciência do ser enquanto ser ou para nós a metafísica ou a filosofia primeira que investiga inclusive as questões do não ser que é aquilo que antecede a matéria se descolando do dualismo platônico ligado a um mundo inteligível, para o estagirita sensível e inteligível podem ser verificados a partir de uma experiência investigativa atrelada a sensibilidade mas não só a ela, para Aristóteles por exemplo não existe a ideia de branco, se por um acaso o branco de forma manifesta sumir do mundo prático não resta a ideia originária de branco que seria o branco real segundo a visão de Platão, para Aristóteles isso é apenas uma abstração atrelada ao não ser ou princípio de ser.
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